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Disfunção do assoalho pélvico

Essas disfunções  se referem a um grupo de desórdens que causam problemas tanto no armazenamento quanto na evacuação das fezes além de dor pélvica. Esses sintomas podem ser tão severos ou mesmo incapacitantes socialmente. Pacientes ficam por vezes envergonhados de relatar seus sintomas e não procuram assistência médica. A correta avaliação e diagnóstico podem fazer com que o paciente fique livre de sintomas que o perturbaram durante tanto tempo.

Uma variedade de patologias estão incluídas nesse espectro das disfunções do assoalho pélvico.

Retocele

 Alteração na mulher em que há um abaulamento do reto em direção a parede posterior da vagina e ocorre quando a parede muscular que separa o reto da vagina fica fraca. Os sintomas usualmente ocorrem devido ao acúmulo de fezes dentro da retocele, dificultando a passagem da mesma e a sensação de abaulamento na parede posterior da vagina através da abertura vaginal na ocasião do esforço evacuatório.

Contração paradoxal do puborretal

Ocorre quando o músculo puborretal, uma alça que circunda o reto inferior e faz uma angulação para ajudar a controlar a continência no repouso , não relaxa adequadamente no esforço evacuatório. Os sintomas incluem uma sensação de evacuação contra uma “porta fechada”, evacuação obstruída.

Síndromes dolorosas pélvicas

  • Síndrome do elevador: episódio vago, sensação de dor alta no reto.

  • Coccigodínea: dor causada com pressão ou manipulação do cocci, usualmente devido a história de trauma

  • Proctalgia fugaz: dor passageira no reto, que frequentemente acorda o paciente do sono, e pode durar minutos. Ocorre devido a um espasmo/contratura dos músculos do assoalho pélvico.

  • Neuralgia do pudendo: Dor crônica no assoalho pélvico, que segue a distribuição dos nervos pudendo, que são os principais nervos sensoriais da pelve.

O aspecto mais importante da disfunção do assoalho pélvico é uma história cuidadosa dos sintomas dos pacientes, através do exame físico. A função coordenada dos vários nervos e músculos envolvidos na suspensão dos órgão, assim como evacuação é muito complexa. Uma série de exames pode ser solicitada pelo seu médico para ajudar no diagnóstico e tratamento:

Ultrassonografia endo-anal e endorretal

Evidencia imagens da anatomia das estruturas do ânus e parede retal.

Manometria ano-retal

Avalia a função dos músculos da pelve, reto e ânus.

Teste do tempo de latência do nervo pudendo

Avalia a função dos nervos do assoalho pélvico e músculos do esfíncter anal

Eletromiografia (EMG): Outra forma de avaliar a atividade dos nervos do esfíncter anal e assoalho pélvico.

Videodefecografia

Tipo específico de estudo radiológico que avalia a coordenação dos movimentos dos músculos do assoalho pélvico durante um movimento intestinal.

Defecorressonância

Tipo específico de ressonância magnética que avalia os movimentos dos músculos do assoalho pélvico e órgãos pélvicos, durante o movimento intestinal.

Tempo de trânsito colônico

Avalia a passagem de fezes através do cólon e ajuda a identificar causas potenciais de constipação crônica.

Várias opções de tratamento estão disponíveis para tratamento das disfunções doa assoalho pélvico, dependendo do tipo de disfunção e severidade dos sintomas . Alterações dietéticas, aumentando fibras e água podem ser úteis. Biofeedback, uma forma específica de terapia do assoalho pélvico visa melhorar a sensação retal e contração dos músculos do assoalho pélvico, também podem ser úteis para alguns tipos de disfunção, assim como a estimulação elétrica. Para tratamento das síndromes dolorosas, o alvo do tratamento é o alívio e redução dos sintomas. Isso pode ser alcançado com biofeedback, massagem, estimulação elétrica ou injeção de anestésico local e/ou anti-inflamatórios. O tratamento cirúrgico é raramente necessário, reservado para retoceles grandes e sintomáticas

DISFUNÇÃO DO ASSOALHO PÉLVICO

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